O sertão paraibano atravessa mais uma de suas terríveis seca. Uma seca que seca a garganta e abafa o grito de sede do sertanejo; sede de justiça, sede de políticas voltada para o seu desenvolvimento estrutural.
A falta de chuvas no sertão não é o pior problema para o sertanejo; aliás, as chuvas no sertão sempre foram evasivas, poucas ou inexistentes; ação propicia para o chamado “Indústria da seca”, onde políticos mal intencionados negociam um copo d’água com o valioso voto dos sertanejos.
Foi sempre assim; a seca do sertão serviu e serve como pano de fundo para fabrica de votos. Um Oasis, um poço, uma lágrima, uma esperança seca. Faça-me seu presidente, seu governador, seu prefeito com isso fará chover na sua roça. Tantas promessas assim não são de se estranhar o que disse D. João VI, que, empenharia ou venderia as jóias do Palácio, para que os nordestinos não morressem de fome e sede. Vem de longe a hipocrisia política para com o sertão.
Mais do que chuva, os nordestinos precisam de uma política cultural e econômica, para que lhes dêem oportunidade de trabalho e meios de tirar do solo o liquido tão necessário para sua sobrevivência. O sertão é um Oasis. Há água por todo solo, o que falta é o interesse dos governantes de oferecer ferramentas adequadas para a exploração.
O sertão não é seco e nem ingrato. O sertão é uma espera infinita das águas que escorreram dos seus rios inundando os mares.
Zeca Alves
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