Ainda que parafraseando o slogan do programa “Minha casa, minha vida”, onde o governo federal “beneficia” a população de baixa renda com moradia; devo dizer entre aspas que em Piancó-PB, uma média de três mil funcionários estão divididos entre a Prefeitura Municipal, hospital e demais órgãos públicos estaduais, em sua grande maioria, com pouca ou sem nenhuma qualificação profissional. E em razão desses “empregos”, perderam a visão, a consciência e o caráter – digo isso, por testemunhar muitos deles que faziam oposição política e pessoal ferrenha a prefeita e hoje se deleitam dos benefícios públicos municipais, mesmo sabendo da corrupção denunciada pelos vereadores Sousinha (PSDB), Cotil (PP) e Pádua Leite (PT).
Mesmo sem receber seus vencimentos com atualização, funcionários comungam e ensaia por cima do pano cenas de satisfação; a política do agrado a prefeita tem que ser mostrada, para não correrem o risco de uma demissão via e-mail.
É certo que, respeito pelo funcionalismo público municipal, não há por parte do administrador; mesmo assim eles a defendem e lutam pelo seu emprego ao ponto de santificar a prefeita, querendo eleve-la ao posto de padroeira da cidade; e é essa relação de paternalismo arcaicamente mantida por alguns gestores municipais, que envergonha esses cidadãos e lhes viciam a situação.
“Meu emprego minha vida” é o pior dos pensamentos políticos, mantidos até hoje por parte da população, mesmo que lhe garanta o pão; mas não se deve esquecer que esse pão não se come todo dia, pois o sistema que amassa a massa escraviza e descarta e nenhuma seguridade a si é mantida.
Temo que nas próximas novenas da cidade essa população de funcionários, ensandecidas pelos seus empregos, saiam por aí carregando a prefeita no andor e cantando: Ave, Ave, Ave Flávia; Ave, Ave, Ave Flávia...
Postado por Zeca Alves