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A História de Piancó foi construída para se eternizar... Igreja Velha: 200 anos de sua fundação... |
Um certo "Zé Ninguém", tentando fazer média com familiares do falecido Gil Galdino, resolveu propor à Câmara Municipal de Piancó que mudasse o nome da cidade de Piancó para Gil Galdino. Alegou, naquela ocasião, que a mudança do nome da Av. José Américo de Almeida para Gil Galdino era uma homenagem muito singela para quem fez muito por Piancó... "Temos que mudar é o nome de Piancó, que significa terror, para Gil Galdino", bradava com tanto gosto o idealizador talvez querendo sepultar o que ele significou nos últimos tempos para o ex-prefeito falecido.
Esquecera que Piancó prestou nos idos de 1950 uma homenagem ao governador e ministro José Américo de Almeida ao atribuir o seu nome a principal avenida da cidade, por ele ter construído o açude de Coremas. Gil Galdino poderia ter recebido outra homenagem. Que se mudasse o nome de um Bairro, atribuísse o nome de um prédio, que poderia ser o da UPA 24h (talvez se apressassem em concluí-lo), ou se erguesse um Museu Gil Galdino.
O nome de Piancó incomoda essa gente há muito tempo. É uma notória intriga pessoal com o nome do município que chega ao ponto de tentar apagá-lo. Coisas do mundo sujo da política piancoense...
Hoje, a absurda sugestão está tomando fôlego nos partidários de seu idealizador, principalmente aqueles que querem continuar se beneficiando dos cofres públicos municipais. A ideia só existe porque uma das suas filhas exerce o cargo de prefeito. Se assim não o fosse, as homenagens ao falecido se resumiriam ao dia do seu sepultamento. Exemplo do que se diz aqui, é que não deram o mesmo tratamento para mudar o nome de Piancó para Dr. Elzir Matos, incontestavelmente, o melhor prefeito de Piancó de toda a nossa história. Será que alguém em Piancó fez mais do que Dr. Elzir Matos?
Pela justificativa do pretensioso projeto de lei, Gil Galdino fez muito e merece que Piancó se chame Gil Galdino. Seríamos piancoenses denominados gilgaldinenses. Sem entrar no mérito do que o falecido fez ou deixou de fazer, necessário se faz tecer alguns comentários sobre o assunto, levando em conta a imbecilizada proposta dessa gentália que se incomoda com o nome de Piancó, nome secular atribuído ao nosso município.
Se a ideia pega, se fazia necessário mudar muitos nomes de cidades e de Estados no Brasil e no Vale do Piancó. Se levarmos em conta o raciocínio medíocre do insignificante advogado, no Vale do Piancó, Itaporanga irá se chamar Soares Madruga e o itaporanguense passaria a se denominar soaresmadruguense... Conceição se chamará Wilson Braga, claro, quando ele vier a falecer, e o conceicoense se chamará wilsonbraguense. Aguiar se chamaria Judivan Cabral, e o nascido lá seria judivancabralense.
Na Paraíba, Campina Grande passaria a se chamar Ronaldo Cunha Lima e o campinense passaria a ser ronaldocunhalimense. Santa Luzia passaria a se chamar Efraim Morais, e o seu cidadão efraimmoraisense. Santa Rita passaria a se denominar Marcus Odilon e o cidadão, marcusodilonense.
No Brasil, Brasília se chamaria Juscelino Kubitscheck. Minas Gerais, seria Tancredo Neves. Alagoas seria Teotônio Vilela. Pernambuco seria Miguel Arraes. Rio Grande do Sul seria Getúlio Vargas. A Bahia seria Antônio Carlos Magalhães e o bahiano se chamaria "malvadezenense"?
A cidade de São Paulo ficaria difícil escolher o seu nome, isto porque muitos fizeram muitas coisas por lá. Poderia ser Andrea Matarazzo (industrial), Airton Sena (desportista), Mário Covas (político), Mário de Andrade (escritor). São Bernardo do Campo-SP seria Luís Inácio Lula da Silva. Três Corações-MG seria Pelé. Juazeiro do Norte-CE seria Padim Cícero.
E por aí vai...
Como se vê, a ideia absurda e irracional não passa de uma agressão ao Povo de Piancó e uma demonstração clara de que eles se acham acima de todos os mortais piancoenses. Claro, eles tem sangue azul de um império em decadência que não sobreviverá nas abertura das próximas urnas e carregam sobre Si uma distorção mental de complexo de superioridade, facilmente percebida até pelos mais próximos.
Ora, por mais que Gil Galdino tenha feito por nosso Município e, isto reconhecemos, não devemos confundir as coisas. O nome de Piancó é intocável. Se fosse assim, outros também mereceriam também a homenagem, a exemplo de Elzir Matos, Pe. Manoel Otaviano, Antônio Leite Montenegro, senador Salviano Leite, Dr. Antônio Quinho, Adhemar Teotônio, etc.
É até ridícula e hilária a sugestão; é uma verdadeira encenação nos moldes de Shakespeare, com direito aos decifráveis e assumidos distúrbios mentais, psicológicos e psiquiátricos. É achar que o Povo de Piancó tem que aguentar chacotas de um cidadão que faz da política o seu "habitat" natural de maldades e esquece que temos assuntos importantes a discutir, como por exemplo a falta de vagas no cemitério municipal, a falta de água nos Bairros do Mutirão, Campo Novo e Antônio Mariz, a falta de transporte escolar dos estudantes da zona rural, etc.
O nome de Piancó já faz parte da história do Brasil e não somente do Vale do Piancó. É patrimônio público que não deve ser tocado por ninguém, muito menos, por pessoas que assumidamente gostam das benesses do poder público e de tudo fazem para se manter agarrado as suas "tetas", tratando a nossa história como se fosse um "pano de chão" para limpar as suas danosas sujeiras aos cofres públicos daqui e de outras cidades circunvizinhas.
Ainda bem, que o poder é efêmero, passageiro e tem prazo de validade e que cidadãos como esse idealizador/imperador não durem para sempre...
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Vereador Pádua Leite