Em 2014, os institutos federais e as escolas técnicas vinculadas às
universidades federais receberão uma verba extra para aquisição de kits
móveis para levar cursos técnicos do Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) a regiões remotas do país. Outros
recursos serão destinados a pagamento de diárias e passagens a
professores que vão qualificar estudantes e profissionais em localidades
onde não existe esse tipo de mão de obra.
O anúncio de destinação dessas verbas para essas duas ações foi bem
recebido, nesta segunda-feira, 25, por coordenadores e gestores do
Pronatec que participam, em Brasília, de encontro para avaliar o
programa e projetar a oferta de cursos e vagas no próximo ano.
Waldinete Costa, da pro-reitoria de extensão do Instituto Federal do
Pará, diz que as verbas vão resolver dois grandes problemas do estado – a
falta de professores qualificados para ministrar cursos nos pequenos
municípios e regiões ribeirinhas e de equipamentos para a parte prática
do ensino profissionalizante.
A formação de técnicos em mecânica de motores de barcos e de conserto
e manutenção de motocicletas estão entre os cursos mais pedidos no
Pará. Com os novos recursos, diz Waldinete, o instituto vai montar esses
e outros kits para levar os cursos a grande parte das cidades
do estado, especialmente os municípios da Ilha de Marajó, que estão
entre as unidades do país com os mais baixos índices de desenvolvimento
humano (IDH). “Antes, a escola esperava os alunos, agora o instituto vai
aonde eles estão”, ela promete.
Neste ano, o IFPA ofereceu 11.680 vagas em 165 cursos do Pronatec, em
75 dos 144 municípios do estado. A estimativa para 2014 é de 14.800
vagas. O instituto tem hoje 12 câmpus prontos e em funcionamento e cinco
em implantação. Na sua estrutura conta com cinco carretas móveis, com
todos os equipamentos para cursos de informática, distribuídas entre os
municípios de Tucuruí, Obidos, Conceição do Araguaia, Bragança e
Castalhal.
Também o coordenador do Pronatec do Instituto Federal de Minas
Gerais, Claudio Aguiar Vita, avalia que a possibilidade dos institutos
adquirirem kits móveis vai ampliar a distribuição de cursos
técnicos para os pequenos municípios que não tem infraestrutura. Segundo
Claudio, cidades de Minas Gerais com 3 mil a 4 mil habitantes não
dispõem hoje, por exemplo, de 30 microcomputadores para abrir um curso
de informática.
O instituto mineiro tem 28 mil alunos, sendo 22 mil em cursos de
formação inicial e continuada (FIC), com carga horária mínima de 160
horas e o restante em cursos técnicos, com carga acima de 800 horas.
Avaliação – O encontro do Pronatec segue nesta
terça-feira 26, com apresentações da evolução do programa de 2011 a 2013
e das necessidades de cursos de formação e de vagas para 2014. O evento
acontece no Centro Internacional de Convenções de Brasília, no Setor de
Clubes Sul.
Fonte: Ministério da Educação e Cultura (MEC)
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