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sábado, 5 de maio de 2012

Polícia mexicana acha 23 corpos decapitados ou presos sob viaduto

Bilhete aponta para acerto de contas entre cartéis do narcotráfico. Na véspera, dois jornalistas foram encontrados mutilados em um canal.



Ao menos 23 corpos, a maioria deles decapitados e outros pendurados em um viaduto, apareceram nesta sexta-feira (4) no norte do México, numa escalada dos brutais ataques perto da fronteira dos Estados Unidos, numa região disputada por quadrilhas de traficantes.
Numa primeira descoberta, nove corpos, alguns com as mãos atadas ou com olhos vendados, estavam pendurados de um viaduto sobre uma rodovia da cidade de Nuevo Laredo, no Estado de Tamaulipas, cidade fronteiriça com Laredo, Texas, informou a polícia local.
Na véspera, os corpos mutilados de dois repórteres fotográficos mexicanos foram encontrados pela polícia no Estado de Veracruz, leste do país, o que gerou protestos nesta sexta.
Não foram identificados os autores dos atentados. Um bilhete encontrado junto aos corpos indicou, no entanto, que se tratou de um ataque do cartel Zetas contra seus rivais do Cartel do Golfo.
Mais tarde, foram encontrados 14 cadáveres decapitados dentro de bolsas negras no interior de uma caminhonete e as cabeças apareceram dentro de geleiras perto da prefeitura de Nuevo Laredo, disseram fontes militares e da promotoria.
Segundo versões da imprensa, essa foi uma resposta do Cartel do Golfo pelos nove corpos pendurados no viaduto.
Tamaulipas é um dos Estados mexicanos mais atingidos pela violência do narcotráfico.
No mês passado, os restos mutilados de 14 homens foram encontrados dentro de uma minivan abandonada perto da prefeitura de Nuevo Laredo. Dias depois, um carro explodiu em frente à sede da polícia.
Mais de 50 mil pessoas já morreram em incidentes relacionados ao narcotráfico desde que o presidente Felipe Calderón tomou posse e declarou uma "guerra às drogas", no final de 2006.
A insatisfação com a violência contribui para o favoritismo do candidato do partido oposicionista PRI, Enrique Peña Nieto, para a eleição presidencial de julho no México.
Fonte: G1 da Globo

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